quinta-feira, 26 de maio de 2011

Soluções inteligentes a serviço do Varejo

Por: Eduardo Santos
 Quando olhamos para o maior varejista do mundo com um faturamento de mais 400 bilhões de dólares nos perguntamos: “As lojas deles não tem nada demais, o que faz com que eles vendam tanto e sejam tão grandes?”.
É simples. Usam a tecnologia e a logística intensivamente na sua retaguarda, essa é a grande diferença. Ainda na década de 90 seu fundador percebeu que o que faria diferença seria a informática e investiu pesadamente quando ainda muitos nem sequer sabiam o que era ou não davam a menor importância e investiam em estoque. Desde essa época usam radiofreqüência e comunicação de todos os PDV’s de todas as lojas com um super computador que armazenam todas as vendas, e seu pessoal de marketing estratégico passam os dias analisando os passos e hábitos de seus consumidores. Essa é a grande diferença que os tornou os maiores.
Isso agora está muito claro, não adianta apenas ter uma loja bonita, bem arrumada e em um bom ponto, é preciso ter também toda a retaguarda no mesmo nível. Com o nível de competição dos dias de hoje, o custo da operação e a logística de abastecimento fazem a diferença.
Ter tecnologia de ponta significa elevar a produtividade, reduzir custos e melhorar o atendimento. A melhoria nos processos de compra, a redução de estoques, a eliminação de perdas por furto, diminuição de mercadorias encalhadas por administração mais exata do perfil dos clientes aliados a recursos tecnológicos na hora de atendê-los e de se comunicar com eles, viabilizam qualquer investimento em tecnologia.
Na última NRF (National Retail Federation), que aconteceu no inicio do ano em Nova York, com a presença de uma delegação brasileira de cerca de 1.400 pessoas (a maior delegação do evento), chamou atenção o interesse por soluções que evitem furtos, como câmeras de monitoramento e etiquetas antifurto e RFID, que são integradas a softwares para analisar o comportamento do consumidor na loja.
Tanto nos estoques como nos corredores das lojas as tecnologias pós código de barras estão avançando. As etiquetas com micro transmissores de rádio (RFID) são as que mais chamam atenção, mas mesmo com o apoio do maior varejista do mundo, seu avanço ainda é muito aquém do previsto na década passada tudo por causa de uma falta de um padrão único, pois os existentes não conversam entre si e acabam causando problemas com os equipamentos de leitura.
Seu preço unitário ainda também é um obstáculo, pois continua alto, mas se o seu preço cair drasticamente nos próximos meses isso causará uma grande transformação nas operações do varejo. Para quem como eu que teve a oportunidade de ver e trazer essa tecnologia no inicio dos anos 90 posso dizer que a tecnologia está madura e o mercado está prestes a adotá-la.
Sem dúvida nenhuma, poder fazer um levantamento de itens de estoque na loja de uma forma rápida e precisa, sem ter que modificar a disposição das mercadorias com equipamentos que permitem a leitura por código de barras e também por RFID é muito atrativo. Além disso, é possível, com recursos disponíveis nessa tecnologia, localizar um item perdido. Essa função pode ser aplicada, por exemplo, para encontrar produtos deixados por clientes fora das gôndolas ou araras. A comunicação de dados pode ser feita de varias formas como radiofreqüência, Bluetooth, batch e voip.
E o que dizer dos softwares de frente de loja e de controle de retaguarda? Hoje existem no mercado mundial softwares especializados para cada segmento, especialmente desenvolvidos para atender a necessidade do varejista, seja uma cadeia própria ou uma rede de franquias.
Com as exigências fiscais se tornando cada vez mais rigorosas e complexas no Brasil e o Governo se aparelhando tecnologicamente, o varejista tem que se atualizar em termo de software para fazer frente às todas as exigências legais dentro dos prazos exigidos, mas também para poder fazer frente à concorrência internacional que está desembarcando no Brasil e que já vem com esses softwares sofisticados a tira colo.
Com a introdução da NFe (Nota Fiscal Eletrônica), ST (Substituição Tributária), SPED e outras exigências, o varejista tem hoje um motivo a mais para investir em tecnologia.
O trinômio ponto de venda, retaguarda e obrigações fiscais fazem com que o varejista abra os olhos para investir em hardware, software e serviços de tecnologia podendo assim, continuar crescendo. Se não fizer isso estará morrendo.

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